Pesquisa realizada demonstra que os impactos emocionais e as incertezas atingem a maioria dos entrevistados, principalmente as mulheres.
Durante esse momento de pandemia causado pela COVID-19 muitas pessoas tiveram que readaptar sua rotina, de uma hora para outra, gerando uma nova cultura emergente. Muitas dúvidas e incertezas geradas pelo período pós-pandemia estão acarretando impactos emocionais diversos em toda a população.
Diante desse cenário foi realizado uma pesquisa pelo Instituto Leo Burnett trazendo um retrato de como está o emocional dos brasileiros durante o período de isolamento social. A pesquisa envolveu mil respondentes de todas as regiões do Brasil. Foram ouvidos mulheres (51,6%) e homens (48,4%), a partir de 18 anos.
Os principais resultados foram apresentados pelo Serviço de Humanização (SDH). Os dados apontam que os impactos emocionais gerados por este período sem precedentes e de incertezas são evidentes e abrangem a maioria dos respondentes. Observe:
55% dos entrevistados estão dormindo bem mais (com a justificativa de ser essa uma das principais formas de manter a calma);
50% estão tendo menos contato com as pessoas que amam, mesmo com os recursos das redes sociais;
Em contrapartida, 60% afirmaram ter aumentado suas atividades nas redes sociais;
60% estão buscando na comida uma forma de ter calma e relaxamento;
39% das mulheres (menos da metade) declaram conseguir encontrar um tempo para se cuidar;
75% das pessoas ressaltaram a importância da religião no momento e 27% declararam estar rezando mais;
58% estão se sentindo mais sobrecarregados, pois, mesmo ficando em casa, não conseguem relaxar;
80% acreditam que estamos vivendo um momento que mudará para sempre o mundo em que vivemos.
Além disso, a pesquisa identificou que mulheres sofrem os impactos dessa pandemia com mais intensidade. Elas têm sido mais exigidas e convocadas, e como consequência, há uma sobrecarga em meio a sentimentos diversos, conforme pode ser observado no quadro:
A pesquisa também apontou que, em período de isolamento social, a demanda por trabalhos domésticos se intensificou.
65% das mulheres se sentem mais sobrecarregadas, contra 51% dos homens respondentes;
77% das mulheres revelam estar ainda mais dedicadas às tarefas domésticas;
55% do público feminino está cozinhando mais do que antes.
Em relação às emoções, a ansiedade e a preocupação foram as que mais se destacaram na fala dos entrevistados:
Foi identificado dentre os medos, os mais expressivos e os imediatos, como:
contaminar-se (55,10%);
muita gente morrer (52,40%);
a economia não se estabilizar (52,30%);
a situação não voltar ao normal (45,90%).
Outro dado importante e constatado foi à conclusão de que hábitos simples também estão ganhando uma nova dimensão. As pessoas estão aprendendo outros formatos de trabalhar, consumir e de se relacionar.
Como era de se esperar, os entrevistados citaram algumas situações que estão sentindo falta, como a liberdade de locomoção (31%), assim como a socialização (22%), e trabalhar e/ou estudar em condições normais (20%).
É importante ressaltar que mais que números e dados estatísticos, a pesquisa mostra situações de vidas humanas, pessoas dotadas de emoções, sentimentos, indivíduos bem peculiares e de universos distintos, todos com o desafio de preservar a saúde mental diante de uma nova realidade que foram condicionadas.
Diante dessa pesquisa dos dados demonstrados, cabe refletir como você está lidando com esta pandemia, está encontrando alternativas para uma travessia com o mínimo de “lesões” psicoemocionais?
Para conferir a pesquisa completa, acesse este link.
Cuide diariamente da sua saúde mental!
Evento: Mulheres em Foco
Diante do impacto emocional destacado, principalmente em mulheres alguns eventos estão sendo realizados de forma online para auxiliar durante este período. Um deles é o evento Mulheres em Foco realizado pela Assespro-MG.
O evento terá a temática “Como quebrar a imagem frágil, mas ao mesmo tempo, mantendo a essência feminina?” e será abordada por Paulo Felipe Rodrigues, empreendedor responsável pela Tagarela School. Sua palestra irá propor uma reflexão sobre a comunicação feminina com mais segurança e assertividade.
Além disso, a questão do aumento da violência doméstica e do feminicídio será pautada por Amanda Melo de Almeida e Silva. A advogada criminal compartilhará os aspectos atuais da Lei Maria da Penha, em tempos de COVID-19.
Não perca a oportunidade de participar desse evento, fazendo sua inscrição gratuita através desse link.
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