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A acreditação e a avaliação da conformidade - Pilares para o desenvolvimento da qualidade no Brasil


XII ENOAC

A acreditação e a avaliação da conformidade são pilares fundamentais para o desenvolvimento da infraestrutura da qualidade no Brasil, diz presidente do Inmetro.

No Dia Mundial da Acreditação, Marcos Heleno Guerson reafirma que o Instituto está se modernizando para prover IQ como ferramenta de geração de valor ao setor produtivo


Em palestra pelas comemorações do Dia Mundial de Acreditação, nesta quarta-feira (9/6), Marcos Heleno Guerson, presidente do Inmetro, destacou que a avaliação da conformidade – e a acreditação em si – são pilares fundamentais para o desenvolvimento da infraestrutura da qualidade (IQ) no Brasil. “Não sou pastor, mas acabei virando pregador. O meu evangelho é a infraestrutura da qualidade, que poucos conhecem, mesmo dentro do setor produtivo. Muitos entendem a IQ como um elemento burocrático, gerador de custos para as empresas, em vez de entenderem que se trata de uma ferramenta para gerar valor dentro da economia”, assinalou Guerson para uma plateia virtual de cerca de 400 pessoas.

Aproveitando o tema das comemorações deste ano, “Apoio à Implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, Guerson fez várias ponderações, entre as quais, que a tecnologia é o elemento disruptivo para o desenvolvimento sustentável do País e para a qualidade dos produtos e serviços nacionais. “É preciso entender, no entanto, que quando pensamos em IQ estamos falando de segurança de mercado, verificação da conformidade, da metrologia, da padronização, regulamentação técnica e acreditação”, argumentou.

O presidente ressaltou que o Inmetro lançou seu planejamento estratégico tendo como missão justamente viabilizar soluções de IQ que adicionem confiança e qualidade aos produtos e serviços em prol da prosperidade econômica e bem-estar da sociedade, oferecendo ferramentas para a superação dos desafios da indústria 4.0. “O Inmetro tem esse grande desafio e a acreditação está junto para entregar valor para a sociedade e se colocar como fornecimento de soluções para que o setor produtivo e a economia possam funcionar com qualidade e gerar valor agregado”, sublinhou.

Marcos Heleno mencionou, ainda, que o primeiro produto do planejamento estratégico é a modernização do modelo regulatório, de forma que fique formalizado, com regras claras, mas principalmente com princípios e diretrizes que norteiem todo o processo. “Vejo a importância crescente da acreditação, apresentando soluções onde, antes, o Estado trabalhava praticamente sozinho. Precisamos mudar essa cultura no Brasil de a confiança estar só no Estado em muitas vezes. A confiança está na sociedade, em quem faz corretamente”, assinalou.

Avaliações remotas

Durante a conferência, Liliane Soma, presidente do fórum de acreditação das Américas (IAAC) discorreu sobre a importância dos acordos internacionais dos fóruns de acreditação, apresentando alguns programas de reconhecimento mútuo nas áreas do agronegócio, eficiência energética, gestão ambiental do México, Chile e Equador, entre outros. “A acreditação é uma ferramenta global de apoio aos programas e fortalece a competitividade”, destacou, acrescentando que a inserção do IAAC nos fóruns internacionais proporciona maior participação dos organismos de acreditação da região nos fóruns globais.

Na sequência, Aldoney Costa, coordenador-geral de Acreditação do Inmetro, apresentou os esforços que foram realizados para atender as demandas dos laboratórios durante a pandemia, com a adoção das avaliações remotas. Inclusive, este foi um dos painéis apresentados no segundo dia de realização do XII Encontro de Organismos da Avaliação da Conformidade (Enoac)

Telma Rover e Mário Antônio Fernandes, da Divisão de Acreditação de Laboratórios (Dicla), fizeram um balanço das atividades da área, em especial sobre as avaliações remotas que foram realizadas a partir de março de 2020 – uma decisão tomada pela Cgcre em função da necessidade de distanciamento social imposta pela pandemia de Covid-19. “As avaliações remotas foram realizadas a partir de decisões tomadas com base na NIT Dicla 78, que estabelece como e quais organismos podem passar por esse tipo de auditoria. Inclusive fizemos análises de riscos específicas para as avaliações iniciais. Com os resultados, acreditamos que a técnica remota será uma alternativa pós-pandemia”, ressaltou Telma.

De acordo com a Dicla, enquanto em 2020 as avaliações remotas somaram 49, nos primeiros cinco meses de 2021 totalizaram 363, incluindo avaliações iniciais, extensões de escopo, reavaliações e auditorias extraordinárias.

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